Neste artigo, você encontrará algumas questões “polêmicas” e que podem ser pegadinhas da sua prova do REVALIDA. Confira-as a seguir, e aproveite para revisar este assunto tão importante!
Todo médico se depara com a queixa de tosse crônica. Quem estiver trabalhando na atenção primária, irá se deparar com este sintoma com muita frequência.
Como você já sabe, a prova REVALIDA 2020 espera que você saiba os assuntos mais prevalentes da medicina, especialmente aqueles que aparecem com frequência nas UBS – então, a tuberculose tem grandes chances de ser cobrada.
Muito além da tosse crônica, a tuberculose pode ser uma doença sistêmica, que ainda leva milhares de pessoas ao adoecimento.
Neste artigo, você encontrará algumas questões “polêmicas” e que podem ser pegadinhas da sua prova do REVALIDA. Confira-as a seguir, e aproveite para revisar este assunto tão importante!
Como ocorre a transmissão?
Até o presente momento, sabe-se que a principal via de transmissão da tuberculose é a respiratória/inalatória. Porém, várias dúvidas existem neste sentido, e você já deve ter se perguntado se um único contato já é o suficiente para a infecção.
Em geral, tem-se que:
- São necessárias 200 horas de contato com pacientes que tenham baciloscopia negativa para que haja a transmissão;
- São necessárias 400 horas de contato com pacientes que tenham baciloscopia negativa e cultura positiva.
Ou seja, a infecção ocorre mais comumente em pessoas que moram na mesma casa ou trabalham juntas.
Por este motivo, é tão importante a notificação epidemiológica no momento do diagnóstico – se tuberculose cair na sua prova prática, jamais se esqueça de notificar!
Quais as formas da tuberculose?
Anteriormente, lhe dissemos que a tuberculose é uma doença sistêmica – e isso é fato. Mas, quais órgãos ela acomete?
Em geral, tem-se que a tuberculose pode ocorrer nos seguintes órgãos/sistemas:
- Pulmões;
- Sistema linfático (sob a forma de tuberculose ganglionar);
- Neurológico;
- Olhos;
- Pele;
- Abdominal;
- Sistema osteomuscular;
- Pleura;
E muito mais.
A disseminação ocorre por via hematogênica, linfática ou através de contiguidade. Inclusive, alguns pacientes apresentam sintomas apenas extrapulmonares, o que dificulta e atrasa o diagnóstico.
E por falar em diagnóstico…
Se você leu atentamente os tópicos anteriores, percebeu que há pacientes que apresentam uma baciloscopia negativa – e provavelmente você pensou que este era o principal meio diagnóstico.
Primeiramente, saiba que há vários materiais que podem ser “examinados” quanto à presença da bactéria em questão: escarro, lavado brônquico, fragmentos de biópsia, e muito mais.
Ainda, tem-se a biópsia como uma maneira de diagnosticar, mas, lembre-se que nestes casos torna-se necessário retirar um pedaço de tecido de alguma parte do corpo (o que nem sempre é uma opção).
Os exames de imagens podem ser aliados, principalmente para avaliar o grau de acometimento dos órgãos.
Tratamento
O tratamento da tuberculose é dividido em duas fases, que são:
Fase de indução: ocorre durante o período de dois meses, e contêm rifampicina, isoniazida, etambutol e pirazinamida.
Fase de manutenção: é feita por 4 meses após o fim da indução, apenas com rifampicina e isoniazida.
O etambutol foi incluído recentemente no esquema de tratamento devido ao aumento da resistência da tuberculose aos 3 antibióticos utilizados até então.
E a vacina?
Considerando que existe a vacina para a tuberculose, muitas pessoas se questionam sobre o porquê de ainda existir infecção – e talvez você seja uma delas.
A imunização protege os indivíduos contra as formas graves da tuberculose, mas não evita que ocorra a infecção.
Ainda assim, todos devem ser vacinados, preferencialmente até os 4 anos de vida.
Vale destacar que crianças/bebês que convivam com portadores de tuberculose devem seguir outro protocolo, em que a imunização é feita apenas após uma profilaxia com rifampicina.
É mais simples do que parece, concorda? Então, aproveite para revisar o assunto e acertar todas as questões de tuberculose na prova REVALIDA 2020!