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Janeiro Branco: entenda o seu papel

Janeiro Branco: entenda o seu papel! A você que é médico ou está prestes a se formar, nós temos um recado: é preciso dar atenção a todos os pacientes quando o assunto é saúde mental.

Janeiro Branco: entenda o seu papel!

A você que é médico ou está prestes a se formar, nós temos um recado: é preciso dar atenção a todos os pacientes quando o assunto é saúde mental.

O mês de Janeiro é dedicado para o tema, porém precisamos ter em mente que esta abordagem precisa ser feita durante todos os meses do ano!

Isso porque o Brasil ocupa rankings assustadores quando o assunto é transtorno mental:

  • Aproximadamente 9% da população tem sintomas ansiosos;
  • 5% dos brasileiros são portadores de transtorno depressivo.

Isso sem falar nos números de suicídio, transtorno bipolar, e várias outras patologias relacionadas.

Afinal, como abordar o tema na prova do REVALIDA, ou ainda, em seu consultório médico? Qual é o seu papel nesta importante missão? Confira a seguir!

Trate todos com empatia e respeito

Embora esta possa lhe parecer uma recomendação óbvia, na prática ela nem sempre acontece.

Pacientes portadores de sintomas mentais ou diagnosticados com algum transtorno, costumam ser tratados com indiferença por certos médicos e pela equipe de saúde.

Algumas dicas para o atendimento destes indivíduos:

  • Realize uma escuta atenciosa;
  • Demonstre-se interessado pela realidade do paciente;
  • Entenda o que mais está incomodando naquele momento;
  • Questione como você (médico) pode ajudá-lo.

Quem atua na Atenção Primária, provavelmente já percebeu que há pacientes que estão consultando semanalmente, com queixas inespecíficas. Nestes casos, sempre pode existir um transtorno mental mascarado.

Ao diagnosticar e tratar, você fará uma grande diferença na vida daquele indivíduo!

Estimule a mudança de estilo de vida

Os hábitos de vida podem ter um importante papel no desenvolvimento de transtornos ansiosos e depressivos. Dentre eles, mencionamos:

  • Estresse no ambiente profissional;
  • Competitividade excessiva;
  • Problemas nas relações pessoais e familiares;
  • Dificuldades financeiras;
  • Sedentarismo;
  • Doença crônica não tratada;
  • Alimentação inadequada;
  • Distúrbios de sono;

E muito mais.

Todas estas situações podem ser modificadas, e o médico tem papel essencial no sentido de alertar o paciente quanto a necessidade de mudança.

Busque apoio da equipe multidisciplinar, e ofereça esta possibilidade ao paciente no contexto da Atenção Primária e SUS.

Reconheça situações em que há risco de suicídio

Inúmeros pacientes buscam ajuda médica quando estão prestes a cometer um suicídio, porém sem trazer a queixa diretamente.

Há várias maneiras de entrar no assunto sem parecer invasivo. Confira algumas perguntas que podem ser feitas:

  • Você se sente triste?
  • Você sente que sua vida não tem nenhum sentido?
  • Acredita que a sua existência importa?
  • Quem são seus pontos de apoio?
  • Já planejou se machucar ou tirar sua vida?

Quando as respostas indicarem ideação suicida, é necessário classificar o paciente em:

Baixo risco: apesar do desejo de morte, o indivíduo nunca planejou um suicídio.

Médio risco: há planos e ideação, mas não há uma data definida para colocá-los em prática.

Alto risco: além do plano, há uma data para fazê-lo.

Pacientes de baixo e médio risco devem ser encaminhados a um psiquiatra e tratados adequadamente. Também, é seu papel oferecer a escuta ativa e tratar o indivíduo com respeito.

Casos de alto risco precisam ser encaminhados a um hospital, com o objetivo de medicar e manter o paciente sob observação constante. Também, é necessário entrar em contato com pontos de apoio daquela pessoa.

Cuide de você

Para cuidar do próximo, é necessário cuidar de si mesmo, doutor! Os números de síndrome de Burnout só crescem entre os médicos, e nós não desejamos que você faça parte desta estatística.

Apesar de você já estar cansado de saber, reforçamos a importância de alguns hábitos:

  • Pratique atividades físicas;
  • Não trabalhe mais que o seu próprio limite;
  • Se permita ter descanso e lazer;
  • Passe mais tempo com sua família e amigos;
  • Entre em contato com a natureza;
  • Alimente-se de modo saudável;
  • Durma bem.

E sempre que sentir que algo não vai bem, apoie-se em quem você ama e busque ajuda profissional!

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