Fala, Revalidandos! Tudo bem? Não tenho dúvidas que muitos de vocês sabem como se apresenta a clínica da meningite. Agora, em relação à análise liquórica da doença, acredito que muitos possam ter dúvidas. No post de hoje vamos abordar sobre os achados no líquor em cada uma das meningites. Siga atento com a leitura.
Importante lembrar a tríade sintomática da meningite, que acontece em cerca de 41% dos pacientes febre, rigidez nucal e alteração do estado mental. Geralmente esses sintomas se apresentam de forma aguda nos pacientes com meningite. Outros sintomas comumente estão presentes, como cefaleia e náusea. Menos comumente, pode ocorrer afasia, hemi ou monoparesia, coma e papiledema.
A coleta do líquor é importante para o diagnóstico da doença. Nele são realizadas análises macroscópicas, bioquímicas, citológicas, bacteriológicas e micológicas. Lembre-se de coletar um mínimo de 1 mL (20 gotas de líquor). Agora, veja abaixo interpretações possíveis do líquido cefalorraquidiano num paciente com meningite:
Tipo meningite | Aspecto do líquor | Citometria | Citologia | Glicose | Proteínas | Cultura |
Líquor normal | Claro | 0 a 5 | – | 2/3 da glicemia | < 40 mg/dL | Negativa |
Meningite bacteriana aguda | Turvo ou purulento | > 500 | Polimorfonucleares (PNM) | Diminuída | > 40 mg/dL | Positiva |
Meningite bacteriana aguda em uso de antibiótico | Claro ou pouco turvo | < 500 | PNM ou mononucleares (MN) | Diminuída ou normal | Normal ou aumentada | Positiva (rara) |
Meningite tuberculosa | Claro ou pouco turvo | < 500 | MN | Diminuída | > 40 mg/dL | Positiva (rara) |
Meningite fúngica | Claro | < 500 | MN | Diminuída ou normal | > 40 mg/dL | Negativa |
Meningite viral | Claro | < 500 | MN | Normal | > 40 mg/dL | Negativa |
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