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ATUALIZAÇÃO: orientações e recomendações para o uso da Flucitosina 500mg comprimidos para o tratamento de meningite criptocócica e outras formas de neurocriptococose

Em recente documento, publicado no dia 01/12/2022, o Ministério da Saúde informa a disponibilidade da Flucitosina 500mg para o tratamento da meningite criptocócica. O documento informa também que o tratamento da meningite criptocócica e outras formas de neurocriptococose com Flucitosina 500mg comprimidos foi incorporado ao Sistema Único de Saúde por em maio de 2021 mas, por se tratar da primeira disponibilização desta apresentação na rede pública de saúde, seria necessário fazer recomendações de orientação sobre o uso do fármaco.

A meningite criptocócica é uma das infecções oportunistas mais importantes no mundo que pode se apresentar como criptococose oportunista, sendo cosmopolita e associada a condições de imunodepressão celular, causada predominantemente por Cryptococcus neoformans variedade neoformans; ou como criptococose primária de hospedeiro aparentemente imunocompetente (prioritariamente crianças e jovens hígidos), a qual costuma ser endêmica em áreas tropicais e subtropicais, causada predominantemente por Cryptococcus neoformans variedade gatti

O tratamento da meningite criptocócica e outras formas de neurocriptococose deve considerar a presença ou não de imunossupressão e as drogas disponíveis. O tratamento é dividido em três fases: indução, consolidação e manutenção. Dependendo do estado imunológico do paciente e da disponibilidade do medicamento, vários esquemas podem ser adotados. São eles:

 

Quadro 1 – Esquemas terapêuticos para meningite criptocócica e outras formas de neurocriptocose em pessoas vivendo com HIV/AIDS.

Algumas observações devem ser consideradas na fase de INDUÇÃO, para o esquema de tratamento acima:

  • Se a anfotericina B lipossomal não estiver disponível, utilizar o complexo lipídico de anfotericina : 5mg/kg/dia, endovenosa;
  • Se a anfotericina B lipossomal ou Complexo lipídico de anfotericina B e flucitosina não estiverem disponíveis: anfotericina B desoxicolato 1 mg/kg/dia + fluconazol 1.200 mg/dia (usar pelo menos por 2 semanas);
  • Se contraindicação e/ou indisponibilidade para uso de anfotericina B desoxicolato, anfotericina B lipossomal e complexo lipídico de anfotericina B: flucitosina 100 mg/kg/dia mais fluconazol 1.200 mg/dia (usar pelo menos por 2 semanas); e
  • Se indisponibilidade de formulação lipídica de anfotericina B + dificuldade para monitoramento laboratorial de toxicidade medicamentosa: anfotericina B desoxicolato 1 mg/kg/dia mais flucitosina 100 mg/kg/dia, durante uma semana, seguidas de fluconazol 1.200 mg/dia, durante pelo menos mais uma semana (usar pelo menos por 2 semanas).

 

Quadro 2 – Esquemas terapêuticos para meningite criptococócica e outras formas de neurocriptococose para indivíduos transplantados de órgão sólido, transplantados de medula óssea e doenças hematológicas.

Algumas observações devem ser consideradas na fase de INDUÇÃO, para o esquema de tratamento acima:

  • Se anfotericina B lipossomal não estiver disponível, utilizar o Complexo Lipídico de Anfotericina B: 5mg/kg/dia, endovenosa; 
  • Se anfotericina B lipossomal e complexo lipídico de anfotericina B não disponíveis: anfotericina B desoxicolato 1 mg/kg/dia, endovenoso + flucitosina 100 mg/kg/dia, via oral (usar pelo menos 2 semanas); e
  • Se flucitosina não disponível: anfotericina B lipossomal 3 m/kg/dia ou complexo lipídico de anfotericina B 5 mg/kg/dia, endovenosa (entre 4 a 6 semanas). 

 

Quadro 3 – Esquemas terapêuticos para meningite criptococócica e outras formas de neurocriptococose para indivíduos aparentemente imunocompetentes. 



Algumas observações devem ser consideradas na fase de INDUÇÃO, para o esquema de tratamento acima:

  • Se anfotericina B lipossomal não estiver disponível, utilizar complexo lipídico de anfotericina B: 5mg/kg/dia, endovenosa;
  • Se anfotericina B lipossomal e complexo lipídico de anfotericina B não estiverem disponíveis: anfotericina B desoxicolato 1mg/kg/dia + flucitosina 100mg/kg/dia (pelo menos 2 semanas); 
  • Se anfotericina B lipossomal, complexo lipídico de anfotericina B e flucitosina não estiverem disponíveis: anfotericina B desoxicolato 1mg/kg/dia mais fluconazol 1.200mg/dia (pelo menos 2 semanas); 
  • Se flucitosina não estiver disponível: anfotericina B lipossomal 3mg/kg/dia ou complexo lipídico de anfotericina B 5mg/kg/dia entre 4 e 6 semanas; e 
  • Se anfotericina B lipossomal, complexo lipídico de anfotericina B, flucitosina e fluconazol não estiverem disponíveis: andotericina B desoxicolato 1 mg/kg/dia (pelo menos 6 semanas).  

 

Cabe destacar que na fase de indução, independentemente do seu tempo de duração, a Flucitosina deverá estar associada a Anfotericina B.
Apresentação da Flucitosina: comprimidos de 500mg em frascos contendo 100 comprimidos. 
 

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