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CAIU NO REVALIDA – Hemorragia Puerpeal

Questão 4 do Revalida 2022/2 

Área: Obstetrícia 

Dica pra nunca errar questões de hemorragia puerperal no revalida 

  

A dica é simples! Toda vez que você ver uma questão na prova sobre hemorragia após o parto lembre dos 4“T”s. 

  

Essas são as causas de hemorragia puerperal: 

Tônus: Atonia uterina 

Trauma: Lacerações no canal de parto 

Tecido: Restos placentários 

Trombo: Coagulopatia 

  

A questão já nos diz que não tem lacerações no canal de parto. Então já eliminamos uma das causas! 

A questão não refere nada que remeta a uma coagulopatia. 

E por último a questão diz que o útero está contraído, ou seja, isso exclui atonia uterina. 

Logo a causa da hemorragia é: Tecido: Restos placentários 

 

  

A conduta é: investigar a placenta, e se houver escavações prosseguir para curetagem. 

  

UM POUCO MAIS SOBRE O TEMA: 

Definição: a hemorragia puerperal é definida e diagnosticada clinicamente como um sangramento excessivo que torna a paciente sintomática (vertigem, síncope) e/ou que resulta em sinais de hipovolemia (hipotensão, taquicardia ou oligúria). 

Causas: as três principais causas de hemorragia no pós- parto são: atonia uterina, lacerações de trajeto e retenção de placenta ou fragmentos. Outras: rotura uterina, placentação anormal, inversão uterina e coagulopatias. 

Classificação: 

  • Primária ou precoce: Se acontece nas primeiras 24 horas após o parto. 
  • Secundária ou tardia: Quando ocorre após as primeiras 24 horas até 6-12 semanas após o parto. 

Fatores de risco: multiparidade, placentação anômala, T. de parto prolongado, T. de parto muito rápido, anestesia geral, infiltração miometrial por sangue (útero de Couvelaire), miométrio mal perfundido, sobredistensão uterina (gestação gemelar, polidramnia ou macrossomia fetal), cesárea prévia e atual, parto vaginal operatório (a fórcipe, versão com grande extração), episiotomia, terceiro período prolongado, uso de ocitocina no primeiro período, atonia uterina prévia, DPP, corioamnionite e embolia amniótica. 

Diagnóstico: clínico. 

Tratamento: direcionado à causa da hemorragia. Lembre-se: 

  • Manobra de Taxe – utilizada na inversão uterina aguda.  
  • Manobra de Hamilton – utilizada na atonia uterina. 
  • Procedimento de Huntington – utilizado no fracasso da manobra de Taxe a inversão uterina. 
  • Histerectomia não é 1a opção terapêutica na atonia – tentar sutura de B-lynch, ligadura uterina, hipogástrica (ilíaca interna), embolização. 

 

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