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Classificação e tratamento do choque hipovolêmico

São vários os tipos de choque. No post de hoje, vamos falar sobre o choque hipovolêmico, que é uma situação de emergência.

DEFINIÇÃO

O choque hipovolêmico é um quadro grave que acontece quando o volume intravascular está muito reduzido, o que por sua vez reduz o débito cardíaco, cursando com insuficiência circulatória. Esse tipo de choque pode ser classificado em hemorrágico e não-hemorrágico.

O hemorrágico acontece pela perda de sangue, sendo o trauma contuso ou penetrante a causa mais comum. O não-hemorrágico, por sua vez, decorre da depleção de volume por perda de sódio e água pelas mais variadas etiologias, como diarreia, queimaduras, entre outros.

CLASSIFICAÇÃO

Esse tipo de choque pode ser classificado em uma escala de I a IV, segundo o ATLS, se baseando no quadro clínico do paciente. Veja abaixo.

Classe I Classe II Classe III Classe IV
Perda sanguínea (mL) ~750 mL 750 – 1500 mL 1500 – 2000 mL > 2000 mL
Perda sanguínea (% volume total) ~15% 15 a 30% 30 – 40% > 40%
Frequência cardíaca < 100 100 – 120 120 – 140 > 140
Pressão sistólica Normal Normal Diminuída Diminuída
Pressão de pulso (mmHg) Normal ou aumentada Normal Diminuída Diminuída
Frequência respiratória 14 – 20 20 – 30 30 – 40 > 35
Débito urinário (mL/h) > 30 20 – 30 5 – 15
Estado mental Ligeiramente ansioso Levemente ansioso Ansioso, confuso Confuso, letárgico

TRATAMENTO

A prioridade é a reposição da volemia perdida, para restaurar a pré-carga do paciente. Pode ser utilizado cristaloides e hemoderivados. Além disso, em pacientes com choque hemorrágico deve ser abordada a origem do sangramento.

Administra-se, inicialmente, através de um acesso venoso periférico calibroso, 1 litro de cristaloide no adulto e 20 mL/kg em crianças com menos de 40 kg. É importante se atentar que é possível manter o paciente num estado de hipotensão permissiva, para que a reposição volêmica não leve o paciente à uma coagulopatia por hemodiluição. Em pacientes com choque classe III e IV, deve-se iniciar precocemente a reposição com hemocomponentes, e caso não apresente melhora, o uso de droga vasoativa se faz necessário, sendo a norepinefrina a primeira opção.

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