A hipertensão arterial sistêmica, conhecida como pressão alta, é uma condição que merece atenção especial. Ela é uma doença silenciosa e traiçoeira, diferente de outras condições como o refluxo, cefaleia ou asma, que apresentam sintomas mais evidentes. A hipertensão pode afetar diversos órgãos e tecidos do corpo, e é preciso conhecê-los para entender a gravidade da doença.
As lesões nos órgãos alvo
Quando uma pessoa é hipertensa por um longo período e não trata corretamente a doença, ela pode sofrer lesões em órgãos fundamentais para o corpo humano. No geral, são cinco órgãos ou tecidos que são mais afetados pela hipertensão: coração, cérebro, retina, vasos sanguíneos e rins.
- Coração
O coração é um dos principais órgãos afetados pela hipertensão. Quando um paciente hipertenso faz um eletrocardiograma ou um ecocardiograma, é possível identificar uma sobrecarga ventricular esquerda ou hipertrofia ventricular. Esses sinais indicam que o coração está sofrendo devido à hipertensão, podendo evoluir para doenças mais graves.
- Cérebro
O cérebro também é um alvo comum da hipertensão. Lesões cerebrais podem ocorrer devido à pressão alta prolongada, o que pode levar a acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e outros problemas neurológicos. Reconhecer os sinais de lesão cerebral é fundamental para um tratamento adequado da hipertensão.
- Retina
A retina, localizada no fundo do olho, também pode ser afetada pela hipertensão. A retinopatia hipertensiva é uma condição na qual é possível observar alterações nos vasos sanguíneos da retina, como estreitamentos, cruzamentos patológicos e hemorragias. Esses sinais indicam que a doença está prejudicando a saúde ocular do paciente.
- Vasos Sanguíneos
Os vasos sanguíneos, responsáveis por transportar o sangue por todo o corpo, também podem ser afetados pela hipertensão. A pressão alta pode levar ao estreitamento dos vasos, dificultando a circulação adequada do sangue e aumentando o risco de problemas cardiovasculares.
- Rins
Por fim, os rins são órgãos que podem sofrer danos irreversíveis devido à hipertensão. A doença pode levar à Albuminuria, que é a presença de albumina na urina, indicando um comprometimento da função renal. É importante monitorar a saúde dos rins em pacientes hipertensos para evitar complicações mais graves.
Estagnando o risco da hipertensão
Cada paciente hipertenso possui um risco diferente, e é fundamental identificá-lo para um tratamento adequado. Segundo a última diretriz de 2020, existem diferentes níveis de risco e metas de pressão arterial a serem alcançadas, dependendo dos fatores de risco de cada paciente.
Lesão de órgão alvo, diabetes e doenças estágio 3
Pacientes que apresentam lesão de órgão alvo, diabetes ou estão em estágio 3 de doenças, como doença cardiovascular, são considerados de alto risco. Nesses casos, as metas de pressão arterial são uma pressão sistólica entre 120 e 129 e uma pressão diastólica entre 70 e 79. É importante ressaltar que esses valores podem ser cobrados em provas e testes.
Outros pacientes com risco elevado
Pacientes hipertensos em estágio 3, que não possuem lesão de órgão alvo, diabetes ou doenças estágio 3, também são considerados de alto risco. Para esses pacientes, as metas de pressão arterial são as mesmas citadas anteriormente.
A hipertensão arterial sistêmica é uma doença séria que pode afetar vários órgãos e tecidos do corpo, levando a complicações graves se não for tratada adequadamente. É fundamental reconhecer as lesões nos órgãos alvo causadas pela hipertensão e estratificar o risco de cada paciente, para estabelecer metas de pressão arterial e garantir um tratamento eficaz.
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