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Tudo o que você precisa saber sobre Pneumonia Adquirida da Comunidade (PAC)

A Pneumonia Adquirida da Comunidade (PAC) é uma doença inflamatória aguda de causa infecciosa que afeta os espaços aéreos dos pulmões. É causada por uma variedade de agentes infecciosos, como vírus, bactérias e fungos. Essa condição pode ser uma preocupação significativa de saúde e requer uma atenção especial na sua identificação e manejo clínico! 

 

Definição e Fisiopatologia: 

A PAC, também conhecida como pneumonia adquirida fora do ambiente hospitalar, é diagnosticada quando a doença ocorre fora do ambiente hospitalar ou até 48 horas após a admissão na unidade de saúde. Os patógenos mais comuns associados à PAC incluem bactérias como Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis, além de diversos vírus e fungos. 

 

Principais Queixas: 

Os sintomas da PAC podem variar, mas geralmente incluem febre alta, calafrios, dor torácica, tosse com expectoração purulenta, dispneia e queda do estado geral. No entanto, existem apresentações atípicas da doença, com sintomas como febre baixa a moderada, tosse seca, mialgia, dor abdominal, diarreia, rash cutâneo e confusão mental. 

 

Exposição de Risco: 

Vários fatores aumentam o risco de desenvolver PAC, incluindo exposição a ambientes superlotados, residência em casas de repouso/asilo, tabagismo, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), imunossupressão e broncoaspiração. Além disso, a exposição a certos animais (gatos, ovelhas, bodes e roedores) e sistemas de ar-condicionado também pode aumentar o risco. 

 

Exame físico: 

Ao exame físico, nos quadros típicos é comum encontrar taquidispneia, taquicardia, estertores crepitantes localizados ou difusos (ou diminuição do murmúrio vesicular), macicez à percussão e cianose central.  

 

Critérios de Gravidade: 

É crucial identificar os critérios de gravidade da PAC, que incluem alteração do nível de consciência, taquipneia, toxemia, hipotensão, entre outros. A estratificação de risco utilizando escores validados, como o CURB-65 e o PSI, é fundamental para guiar o manejo clínico adequado. 

 

Abordagem Diagnóstica: 

O diagnóstico da PAC é principalmente clínico, mas exames complementares como radiografia de tórax e exames laboratoriais são úteis para estratificar o risco do paciente e orientar a conduta terapêutica. A radiografia de tórax é o método padrão para confirmação diagnóstica, mas a ultrassonografia (exibe maior sensibilidade e acurácia do que a radiografia de tórax na detecção de alterações parenquimatosas) e a tomografia computadorizada (método mais sensível na identificação de acometimento infeccioso do parênquima pulmonar) também podem ser úteis em casos selecionados. 

 

Tratamento: 

O tratamento da PAC depende da gravidade da doença e dos fatores de risco do paciente. Para casos ambulatoriais, opções incluem antibioticoterapia com agentes como amoxicilina, amoxicilina+clavulanato, azitromicina, doxiciclina e claritromicina. Em casos mais graves ou hospitalizados, o tratamento pode exigir terapia intravenosa com antibióticos mais amplos, como ceftriaxona, claritromicina, levofloxacino e ciprofloxacino. 

 

Cuidados Adicionais: 

Além da antibioticoterapia, outros cuidados são essenciais no manejo da PAC, como hidratação adequada, controle da dor e da febre, proteção gástrica e monitoramento dos sinais vitais. Em casos graves, pode ser necessário o suporte ventilatório e a fisioterapia respiratória. 

 

Em resumo, a PAC é uma condição clínica comum, mas potencialmente grave, que requer uma abordagem diagnóstica e terapêutica cuidadosa. O conhecimento detalhado dos fatores de risco, dos critérios de gravidade e das opções de tratamento é fundamental para garantir o manejo adequado e a recuperação eficaz dos pacientes. 

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