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Tudo o que você precisa saber sobre Câncer de Próstata

Saudações, queridos doutores! Esta semana vamos mergulhar em um tema de extrema importância para a medicina e a saúde masculina: o Câncer de Próstata. Vamos explorar desde definições e epidemiologia até métodos de diagnóstico e abordagens terapêuticas. Vamos lá!

Entendendo o Câncer de Próstata: Definição e Epidemiologia

O câncer de próstata é uma forma de neoplasia maligna que se origina nas células epiteliais da próstata, uma glândula vital do sistema reprodutor masculino. Com uma incidência global estimada em mais de 1 milhão e 500 mil casos por ano e uma taxa de mortalidade de aproximadamente 366 mil pacientes, esse tipo de câncer apresenta um impacto significativo na saúde pública em todo o mundo. No Brasil, ele é o segundo câncer mais comum entre homens, com cerca de 72 mil casos novos estimados a cada ano durante o triênio 2023-2025. Este câncer é predominantemente diagnosticado em homens com idade acima de 65 anos. Vale ressaltar que nas últimas décadas tem-se observado um aumento na incidência, atribuído ao uso disseminado do exame de triagem do antígeno prostático específico (PSA) e à melhoria na qualidade dos exames de imagem, resultando em detecções mais precoces.

Aspectos Clínicos e Fatores de Risco

Embora o câncer de próstata possa ser assintomático em suas fases iniciais, certos sinais e sintomas podem se manifestar à medida que a doença progride. Alterações urinárias, como frequência urinária, urgência urinária, noctúria e hesitação urinária, são comuns, assim como a presença de hematúria, hematospermia e dor óssea. Fatores de risco incluem idade avançada, etnia negra, história familiar de câncer de próstata, mutações genéticas (como as associadas ao gene BRCA2) e possivelmente obesidade e dieta.

 

Diagnóstico e Métodos de Rastreio

O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento eficaz do câncer de próstata. Embora o rastreio populacional não seja amplamente recomendado devido a preocupações com falsos positivos e tratamentos desnecessários (o Ministério da Saúde do Brasil não recomenda o uso do rastreio para detecção precoce de câncer de próstata para homens sem sinais ou sintomas), a dosagem do PSA ainda é amplamente utilizada como um marcador inicial. No entanto, é importante enfatizar que o PSA isoladamente não é diagnóstico, sendo a confirmação histológica por meio de biópsia uma etapa imprescindível no processo de diagnóstico. O exame de toque retal também desempenha um papel importante na detecção precoce, especialmente em casos onde o PSA pode estar dentro da faixa normal.

Classificação e Estadiamento: Compreendendo a Gravidade da Doença

Os tumores de próstata são classificados com base no sistema de Gleason, que avalia a agressividade das células cancerosas. Esta classificação varia de 1 a 5, com tumores de baixo grau sendo menos agressivos e tumores de alto grau sendo mais propensos à disseminação. Além disso, o estadiamento da doença é crucial para determinar o tratamento adequado. Exames de imagem, como ressonância magnética nuclear e cintilografia óssea, são frequentemente utilizados para avaliar a extensão do câncer.

 

Importante:

Os adenocarcinomas graduados pelo escore Gleason levam em consideração características morfológicas, mas possuem relação com o comportamento clínico. Esse escore varia de 1 a 5 (sendo 1 bem diferenciado e 5 pouco diferenciado) e a soma dos dois escores mais prevalentes (primário e secundário) leva ao resultado final (que varia de 6 a 10).

No sistema de grupo, os tumores são separados em cinco categorias com base nos padrões de Gleason primário e secundário:

Gx: Grau não avaliável;

Grupo 1: ≤ 6 (Gleason 3 + 3);

Grupo 2: 7 (Gleason 3 + 4);

Grupo 3: 7 (Gleason 4 + 3);

Grupo 4: 8 (Gleason 4 + 4);

Grupo 5: 9-10 (Gleason 4 + 5, 5 + 4, ou 5 + 5).

Abordagens Terapêuticas e Manejo do Câncer Avançado: Estratégias para Combater a Doença

O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com o estágio da doença e fatores individuais do paciente. Opções incluem vigilância ativa, cirurgia, radioterapia, terapia hormonal e quimioterapia. Para casos avançados ou metastáticos, a terapia hormonal, que visa suprimir os níveis de testosterona, é frequentemente a primeira linha de tratamento. Além disso, novas terapias direcionadas, como inibidores de osteólise, têm mostrado eficácia no controle da doença óssea metastática.

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